Sancionado
em 27 de dezembro de 2012 pela presidente Dilma Rouseff, o
Vale-Cultura concede a trabalhadores com até cinco salários mínimos
o benefício de R$ 50 para usufruir de programas culturais em
qualquer lugar do país. Ainda está sendo discutido no Ministério
da Cultura, como esses vales serão distribuídos. Estima-se que com
o benefício, mais de 17 milhões de pessoas de todo o Brasil tenham
acesso a diversas produções culturais, seja elas Artes Visuais,
Artes Cênicas, Audiovisual, Literatura, Música, Humanidades e
Informação e Patrimônio Cultural.
Que
a iniciativa é boa, excelente, diga-se de passagem, isso é... Mas
agora eu me pergunto: o que pode ser feito apenas com R$ 50? Bom, é
isso mesmo leitor. O que fazer só com 50 conto, uma vez que o
país está em constante mutação, seja com a inflação, aumento do
salário mínimo e que respectivamente pesa do bolso de qualquer
cidadão?
Bom,
eu acho que nessa questão, a ministra da cultura Marta Suplicy pecou
em estabelecer um valor expressivamente baixo em vista do que é
cobrado pelos diversos centros culturais. Calma aí sei que em
diversas capitais do país, shows, exposições, peças de teatro são
0800 ou tem preços bem populares, prova disso é a 39ª Campanha de
Popularização do Teatro e Dança que está acontecendo em Belo
Horizonte, com valores que variam de R$ 5 à R$ 12.
Mas
agora falando sério, e se fosse um evento internacional? O que fazer
com o Vale-Cultura? Muito pouco, ou praticamente nada. Reafirmo a
segunda opção, NADA! O Brasil hoje está passando por um grande
processo de transição, seja ele em qualquer área: economia,
agronegócio, política, etc e etc, e porque não aumentar o preço
do benefício ou até mesmo diminuir o valor cobrado por grandes
centros de cultura? Além disso, não posso deixar de citar grandes
eventos culturais que o país irá receber em 2013: Lollapolooza,
SWU, Rock In Rio, inclusos também grandes shows internacionais e a
Copa das Confederações. Fato é que, com apenas esse valor fica
inviável garantir lugar em uma dessas atrações.
Como
já dizia a canção Comida dos Titãs, “Você
tem sede de quê? Você tem fome de quê?... A gente não quer só
comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só
comida, a gente quer saída para qualquer parte...” E é disso
que o brasileiro precisa diversão e arte para qualquer parte,
independente de classe social ou de poder aquisitivo.
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