terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A gente não quer só comida, quer diversão e arte!



Sancionado em 27 de dezembro de 2012 pela presidente Dilma Rouseff, o Vale-Cultura concede a trabalhadores com até cinco salários mínimos o benefício de R$ 50 para usufruir de programas culturais em qualquer lugar do país. Ainda está sendo discutido no Ministério da Cultura, como esses vales serão distribuídos. Estima-se que com o benefício, mais de 17 milhões de pessoas de todo o Brasil tenham acesso a diversas produções culturais, seja elas Artes Visuais, Artes Cênicas, Audiovisual, Literatura, Música, Humanidades e Informação e Patrimônio Cultural.
Que a iniciativa é boa, excelente, diga-se de passagem, isso é... Mas agora eu me pergunto: o que pode ser feito apenas com R$ 50? Bom, é isso mesmo leitor. O que fazer só com 50 conto, uma vez que o país está em constante mutação, seja com a inflação, aumento do salário mínimo e que respectivamente pesa do bolso de qualquer cidadão?
Bom, eu acho que nessa questão, a ministra da cultura Marta Suplicy pecou em estabelecer um valor expressivamente baixo em vista do que é cobrado pelos diversos centros culturais. Calma aí sei que em diversas capitais do país, shows, exposições, peças de teatro são 0800 ou tem preços bem populares, prova disso é a 39ª Campanha de Popularização do Teatro e Dança que está acontecendo em Belo Horizonte, com valores que variam de R$ 5 à R$ 12.

Mas agora falando sério, e se fosse um evento internacional? O que fazer com o Vale-Cultura? Muito pouco, ou praticamente nada. Reafirmo a segunda opção, NADA! O Brasil hoje está passando por um grande processo de transição, seja ele em qualquer área: economia, agronegócio, política, etc e etc, e porque não aumentar o preço do benefício ou até mesmo diminuir o valor cobrado por grandes centros de cultura? Além disso, não posso deixar de citar grandes eventos culturais que o país irá receber em 2013: Lollapolooza, SWU, Rock In Rio, inclusos também grandes shows internacionais e a Copa das Confederações. Fato é que, com apenas esse valor fica inviável garantir lugar em uma dessas atrações.
Como já dizia a canção Comida dos Titãs, Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?... A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte...” E é disso que o brasileiro precisa diversão e arte para qualquer parte, independente de classe social ou de poder aquisitivo.

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