sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Um 2013 bem cool pra vocês!





Bom, pensei muito no que iria escrever para a coluna neste final de ano. Fiz listas e mais listas, e por incrível que pareça, não consegui chegar a nenhum consenso comigo mesma! Sim de fato, como qualquer jovem numa busca incessante pela perfeição, cheguei à conclusão que irei discorrer sobre algo totalmente diferente do planejado para essa página.
Pensei em falar sobre os 110 anos de Drummond, Rock in Rio, Holograma dedicado ao Cazuza, José Saramago, sobre alguns lançamentos da sétima arte... Mas convenhamos, vai ficar muito melhor tudo isso junto para 2013 né? Então vamos lá!
O que eu quero dividir com os leitores deste blog nesta última sexta-feira no ano, é o que se espera de melhor para o ano que está chegando.  Recentemente fui apresentada a uma coluna que indico para todos, é do jornalista e editor-chefe da Revista Época Ivan Martins. Ivan escreve semanalmente para o portal, mais precisamente todas às 4ª feiras e fala sobre algo que adoro prosear: relacionamentos. E foi na última publicação do jornalista que tirei inspiração para falar do ano de 2012 e fazer uma pequena passagem para o que se espera em 2013.
Vou repetir a mesma pergunta que ele faz em sua matéria: O que você deseja? É, o que você almeja para o ano que se inicia? Para muitos, 2013 promete ser bem melhor do que foi 2012 afinal, muitas coisas ruins marcaram o ano, cujo foi dito que acabaria no dia 21 de dezembro. Superstição pura, ora bolas!  Realmente, foi um ano tenso, como costumo dizer. Tão tenso, que é com muito pesar que preparo a coluna com a notícia do falecimento de dois familiares de pessoas que gosto muito. Mas, enfim, a vida continua. E 2013 está aí! Doidinho para bater à porta!
Falando no Ivan, na sua publicação ele diz assim: "Sempre tive a sensação de que a vida era um grande improviso e que planejar era uma forma de trapaça. Não gostava, e ainda tendo a não gostar, de artificialidades, e o planejamento me parecia uma delas. Meu lema no amor e na vida era que as coisas tinham que acontecer com naturalidade. Olhava com uma ponta de desdém para as pessoas minuciosas que se obstinavam em arquitetar a conquista de coisas, posições e pessoas. Sentia que elas não tinham entendido a essência espontânea da vida, que eu já captara. Como eu disse, essa sensação mudou". Parece até letra de música né?! Sobre relacionamentos, o meu desejo para o novo ano é realmente o cuidado com eles, com as pessoas. Acho que não há mais nada que eu deseje, além disso. Quando cito o verbo relacionar, cito também a forma que devemos tratar o outro: com respaldo, atenção, sem egoísmo. Tratar de uma forma que o outro se sinta acolhido, que transpareça confiança.
Boa parte desse ano foi tão subjetiva justamente referente ao tratamento com o outro. Felizmente ou infelizmente, na minha opinião é infelizmente – as pessoas perderam o cuidado, o toque, trocaram todo aquele ato gostoso de contato pela tecnologia. Isso se vê a quilômetros de distância. Vê-se, principalmente pelas redes sociais (ainda irei escrever sobre elas - está na minha lista).  Então, o que desejo para 2013 além de todo aquele clichê de paz, amor, saúde e dinheiro é o cuidado com o próximo. Não existe algo mais prazeroso do que estar ao lado de pessoas que amamos, seja nossa família, amigos, os companheiros. Pena que tudo isso está se perdendo, gradativamente.
E o meu desejo é este! Cuidado com o próximo, com os gestos, ao falar, ao amar, com as palavras, paciência ao ouvir, ao gesticular. Sentimento é tudo! Por falar em sentimento, deixo aqui uma passagem de um escritor que sou apaixonada, Mario Quintana. Em poucas palavras, Quintana conseguiu resumir todo este desejo: “No fim tú hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar. Um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento”.
Ah, uma dica para 2013 leiam Ivan Martins! E se alguém tiver alguma sugestão para a coluna além da minha imensa lista, podem me enviar. Prometo que no ano que vem serei mais minuciosa com o tempo. É isso aí! Um 2013 bem cool pra vocês! 

She's not me!




Sim ela está de volta ao país! Cada dia mais loura, magra, com um pique de dar inveja a qualquer um e deixando muita menininha de 20 anos no chão (inclusive eu, rs; claro não tenho mais 20 anos!). Madonna Louise Veronica Ciccone, mais conhecida como Madonna retorna ao Brasil pela 3ª vez trazendo consigo todo o glamour e sensualidade de diva na turnê do álbum MDNA, The MDNA Tour. A rainha do pop desembarca em dezembro para três apresentações: Rio de Janeiro (01), São Paulo (04), e Porto Alegre (09). 
Me recordo vagamente quando comecei a ouvir, essa, que pra mim é com certeza uma das maiores divas pop da atualidade, se não a maior, claro com respaldo à outras grandes cantoras como Beyoncé, Lady Gaga, Rihanna, Katy Perry, Joss Stone, Shakira e até a revelação inglesa Rebecca Ferguson. Lembro-me aos 10 anos ouvindo Music do álbum de mesmo título, isso lá em 2000, quando os cantores pop se limitavam a Christina Aguillera, a acabada Britney Spears, Shania Twain, Back Street Boys (sim, eles ainda estavam em ascensão), Hanson, entre outros artistas. 
Neste ano em que a cantora, atriz, dançarina, produtora musical, entre outras profissões a si designada completa três décadas de carreira, não tem como deixar de citar a importância de sua trajetória para com a cultura pop. Sempre polêmica, Madonna influencia gerações, seja no jeito de cantar, no seu estilo, nas suas caras e bocas em videoclipes e nos palcos, em suas composições e também, ao exprimir sem firulas o erotismo, marca maior dessa estrela que nasceu na cidade americana de Bay City, em agosto de 1958.
A turnê de Madonna MDNA tem mais de 700 elementos de figurino, seis trocas de roupa só com a Material Girl e em todas as músicas com os dançarinos. Esse show já está sendo considerado o mais formidável e extravagante de todos os tempos. Talvez esteja aí algo que me chama tanto atenção em suas apresentações: a extravagância. Um fator a ser comentado também é o excelente corpo de balé (pra mim um dos melhores ao lado, claro, do balé do rei Michael Jackson). Isso se comprova especialmente em turnês como a The Confessions Tour (2006) e Sticky and Sweet Tour (2008-2009).
E para você que é fã assíduo da cantora e que vai estar em uma das apresentações, para reforçar o coro no dia do show, segue set list da turnê realizada na cidade de Tel Aviv em Israel: Girl Gone Wild, Revolver, Gang Bang, Papa Don’t Preach, Hung Up, I Don’t Give A*, Express Yourself, Give Me All Your Luvin’, Turn Up The Radio, Open Your Heart, Sagara Jo, Masterpiece, Vogue, The Erotic, Candy Shop, Human Nature, Like A Virgin, Waltz, I’m addicted, I’m A Sinner, Like A prayer, Celebration. 
E eu, como uma pessoa alucinada pela cultura pop vou ficando por aqui claro, ouvindo, dançando (porque não?) e cantando a música que abre esta matéria, She's Not Me do álbum Hard Candy (2008).

Robert Plant em BH

Eram exatamente 22:01 quando Robert Plant subiu ao palco para enlouquecer as mais de 10 mil pessoas que compareceram ao Expominas em Belo Horizonte na noite de sábado, 20 de outubro para prestigiar e ver de pertinho, a voz do Led Zeppelin e um dos cantores que mais influenciou os vocais do Rock and Roll da atualidade. Plant e sua banda Sensational Space Shifters não decepcionaram o público, que veio especialmente para ouvir e se deliciar com os clássicos do quarteto britânico de maior sucesso na década de 70.
Foi um inicio pouco tímido, até porque Plant em sua turnê tem mesclado bastante seu repertório, entre músicas da carreira solo e com músicas do Led Zeppelin. Plant abriu a noite com peso: Tin Pan Valley, do álbum Mighty Rearranger (2005), gravada com a banda Strange Sensation, que reúne músicos que o acompanham na nova formação, Sensational Space Shifters – com destaque para o guitarrista Justin Adams e o tecladista John Baggot. Na sequência, veio a versão do blues 44, de Howlin’ Wolf, dando lugar a primeira grande comoção (acompanhada do levantar de câmeras) com Friends, uma das três faixas de Led Zeppelin 3 (1970) executadas.
A partir de Spoonful (outra pérola bluseira de Howlin Wolf), entrou em cena o gambiano Juldeh Camara empunhando o ritti (violino africano de uma só corda). O clima blues rock ganhou ares de world music. Se muita gente reclamou no Rio de Janeiro, aqui Camara foi brilhante: palmas acompanharam a estranha versão de Black Dog, por exemplo. Ausente no primeiro show, o cover do clássico folk Song To The Siren, do cultuado Tim Buckley, trouxe o momento mais intimista do show. Plant pôs à prova o gogó, menos potente que outrora, mas ainda uma voz e tanto e que deixa muito marmanjo boquiaberto.


Na dança das cadeiras do repertório, Whole Lotta Love, compareceu em BH, sabiamente, com arranjo próximo do original (nesse momento enlouqueci de vez). Os acordes iniciais levantaram novamente a plateia, que, rendida, veio abaixo com a delicadeza de Going to California e a força de Rock and Roll, as últimas da noite. 
Durante toda a apresentação, Robert Plant demonstrou muita simpatia, arriscou algumas palavras em português como “Obrigado” e “Vocês estão bem?”, o que deixava o público cada vez mais alvoraçado. Além disso, fez graça com os presentes que a plateia jogou no palco, inclusive com uma bandeira do Cruzeiro. Com certeza quem foi ao Expominas ver de pertinho essa lenda do rock não se decepcionou, eu claro, como fã da banda esperava um pouco mais, talvez pela interpretação do clássico Stairway to Heaven, ou que Plant falasse sobre uma suposta volta do Led com Jimmy Page e Jonh Paul Jones.